Mutirão para reduzir pobreza
Fonte: Estado de Minas - Bertha Maakaroun
ESTADO
Governo quer integrar as diversas ações na área social, mas ainda não dispõe de um diagnóstico sobre a população mais carente
Na primeira reunião dirigida pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) com sete secretários da área social, além do diretor-presidente do escritório de prioridade estratégica, Tadeu Barreto, e do assessor para assuntos sociais, Marcelo Garcia, foi anunciada a disposição de integrar as ações das diversas pastas e instâncias dos governos estadual, federal e municipal voltadas para a inclusão social. Mas ainda sem metas estabelecidas, sem um eixo de ação, que decorre inclusive da ausência de um diagnóstico que aponte para os números da pobreza e da exclusão social em Minas, pelo momento há uma espécie de “carta de intenções”, muito respaldada nos recursos dos programas do governo federal.
“A pobreza não pertence nem ao governo federal nem ao estadual nem ao municipal. É um ativo de toda a sociedade que precisa de ampla integração. Temos conversado muito com o governo federal e estamos articulados inclusive com as Nações Unidas”, disse ontem Marcelo Garcia, responsável pela articulação das ações de governo, com a sociedade, entre governos e instituições. Segundo Garcia, Anastasia assinará memorando de intenções com o Programa das Nações Unidas (PNUD) em reunião em Minas para repactuar e estabelecer metas a serem alcançadas para 2015.
Os secretários de estado ainda buscam a linha central de atuação. “Estamos debatendo dentro do governo para encontrar o eixo central”, admitiu Alexandre Silveira (PPS), secretário de estado extraordinário de Gestão Metropolitana. “Nas regiões metropolitanas se concentra o maior déficit social”, acrescentou Silveira.Da mesma forma, o secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada (PSDB) apontou para um conceito amplo de atuação, mas ainda vago. “No caso específico da Defesa Social é a interface que tem a pobreza, as necessidades, com a droga, com o tráfico e a violência”, afirmou Andrada.
Da reunião, os secretários extraíram, contudo, uma grande orientação: todas as ações de governo devem estar integradas e perpassar todas as secretarias da área social. “Queremos gerar trabalho envolvendo todas as secretarias e, mais importante, será a qualificação do trabalhador”, afirmou o secretário de Estado do Trabalho e Renda, Carlos Pimenta (PDT). Contando com o companheiro de partido, o pedetista Carlos Luppi, que se mantém no Ministério do Trabalho, Pimenta afirmou que as duas pastas estão articuladas e todos os projetos do governo federal no campo da qualificação passarão pela secretaria de estado. Até o ano passado muitos desses convênios, principalmente o Pró-Jovem, eram repassados diretamente às prefeituras. Com a estratégia, Carlos Pimenta aumenta o poder político de sua pasta.
No campo da qualificação da mão de obra, há um enorme campo de trabalho. Segundo Pimenta, dos 850 mil pessoas que procuraram as agências do Sine em Minas, no ano passado, 250 mil nem puderam ser encaminhadas porque não tinham qualquer tipo de qualificação.
Blog feito por amigos, em homenagem ao Governador Antônio Augusto Anastasia. A eleição de Anastasia foi a confirmação do povo mineiro pela decência, pela competência e transparência. Anastasia Sim! disse Minas Gerais.