15 de mar. de 2011

Anastasia assina com PNDU (ONU) programa de redução de pobreza

Entrevista com o Governador Anastasia

Assuntos: redução da pobreza, atendimento às vítimas do terremoto no Japão, segurança pública

Governador, sobre esse programa, o senhor sabe quanto de recurso poderia vir? Gostaria que o senhor apresentasse o projeto.Não, nesse caso, veja bem, estamos fazendo uma grande inovação, não se trata de recursos. O PNUD, que é braço social das Nações Unidas, da ONU, estabeleceu as chamadas metas do milênio, que todos conhecemos, para 2015. Estabeleceu critérios de desenvolvimento com base na diminuição de indicadores de pobreza, melhoria da saúde, educação, renda, etc. E Minas Gerais, dos sete indicadores, já alcançou cinco antecipadamente. Os outros dois serão alcançados nos próximos dois anos, o que significa que estamos (trecho inaudível) de maneira, como ele disse aqui, pioneira e inovadora, para nos desafiarmos, termos outras metas, mais ousadas do que aquelas que já alcançamos. Então, teremos pela primeira vez no mundo, como foi referenciado aqui pelo representante do PNUD no Brasil, metas mais inovadoras, ou seja, metas mais difíceis, que vamos nos esforçar para alcançar. É bom lembrar que essas metas são de responsabilidade dos governos, mas também da sociedade civil, de todos os setores, porque queremos reduzir a mortalidade materna, queremos melhorar o nível de educação dos nossos alunos, queremos melhorar a renda das pessoas, queremos ter as mulheres mais inseridas no mercado de trabalho e essas metas do milênio, portanto, serão aperfeiçoadas para Minas Gerais. E, mais do que isso, estamos adotando aqui que Minas Gerais seja um parceiro preferencial do PNUD como se fosse um laboratório do PNUD para novas metodologias. O PNUD lançou no ano passado um novo critério para medição dos níveis de pobreza e, nesse caso, é o chamado interdimensional, são várias dimensões, e estamos lançando, portanto, um projeto inovador em Minas, chamado Programa Porta a Porta, no qual o Governo está indo em determinadas regiões, não estamos universalizando por agora, mas determinadas áreas do Estado, de porta em porta daquelas regiões com o índice maior de desigualdade para saber as necessidades daquelas pessoas e fazermos projetos. Aí sim, vamos levar para a Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação, Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria do Trabalho, aonde temos necessidade de uma ação mais articulada. Então é uma metodologia nova que tenho certeza que funcionará muito bem.

Quais são as metas que não foram cumpridas e o que vocês vão priorizar? Quais são as duas metas?As duas metas que estão em cumprimento, que é bom lembrar que o prazo de cumprimento é 2015 e estamos em 2011 e é a meta relativa à mortalidade materna e a meta relativa aos alunos do nível médio, todos concluindo o nível médio. Então, temos uma melhoria expressiva em ambos, mas vamos alcançá-los nos próximos dois anos antes também do prazo de 2015, mas queremos também novos desafios.

O senhor resolveu os problemas dos bombeiros no Japão, que tem uma possibilidade de o Governo de Minas ajudar e em que mais?Bem, trata-se, na verdade, de uma questão de âmbito nacional. A relação entre Brasil e as outras nações se faz, é claro, sempre por meio do Governo Federal. Então, se houver alguma demanda, especialmente da Força Nacional, que congrega também Bombeiros, Minas Gerais sempre está à disposição, se for necessário. Agora, o que é importante é torcermos para que haja uma recuperação rápida do Japão, que é um parceiro preferencial de Minas Gerais nos nossos negócios, até pela presença também importante da economia japonesa que não só com a Usiminas, com a Cenibra, com várias empresas, mas uma proximidade que é também cultural e de amizade dos dois povos. Então, rogamos que haja uma pronta recuperação da economia japonesa.

Falando de bombeiros, governador, o senhor deve ter visto aí o depoimento de um dos policiais militares confessando que entrou na Polícia para matar. Que tipo de preocupação que isso traz para um governador de Estado a partir da declaração de um policial. Tem que se orientar a formação do policial em Minas Gerais?Em primeiro lugar, sobre essa declaração não posso comentá-la porque eu não a conheço. Na verdade, eu não sei se é oficial o que aconteceu. Pelo o que eu saiba, está sendo tudo averiguado em sigilo, então não posso comentar uma declaração que não é de meu conhecimento e não é de conhecimento oficial. O que ocorre em Minas Gerais e em vários Estados da Federação é sempre o rigor muito grande com a qualificação e o treinamento não só dos policiais militares, mas também dos policiais civis, dos guardas penitenciários, dos bombeiros, porque há uma preocupação muito grande e por isso mesmo Minas Gerais tem considerado modelo na área policial. Continuaremos trabalhando firmes nessa linha. E é claro, como eu tenho dito sempre, se for comprovado qualquer desvio claro que aquela pessoa que cometeu o desvio será, na forma da lei, punida.

O senhor vai estar com a Dilma, com a presidente nessa semana?Em Uberaba, no evento relativo ao gasoduto.

Mas vai reivindicar o quê?Vamos tratar de assuntos relativos ao petróleo e ao gasoduto.