Transcrição da entrevista do governador Antonio Anastasia - Troféu Guará
Evento: Entrega do Troféu Guará
Sobre o Troféu Guará.
Em primeiro lugar, a tradição do Troféu Guará, é uma honra estar aqui. Minha primeira vez como governador no Troféu Guará, prestigiando a Rádio Itatiaia e, ao mesmo tempo, é claro, o esporte mineiro nessa bela festa que reconhece o mérito dos nossos desportistas, dirigentes, dos clubes. E torcendo para que o ano seja um ano muito bom para o futebol mineiro.
Na semana do clássico. O governador, que é atleticano, já está vivendo uma emoção com essa equipe diferente do Atlético?
Quero que todas as equipes joguem bem. Sem violência. Isso, até aproveito a oportunidade dessa entrevista para fazer sempre essa lembrança aos torcedores, porque futebol, o esporte é mais do que isso, é a paixão dos brasileiros. O que não podemos comungar e, permitir, é a questão da violência nos estádios. Então, queria aproveitar, independentemente dos times - cada um tem a sua torcida, cada um tem a sua devoção e, é quase mesmo uma devoção -, mas que seja feita essa torcida sempre com paz. Então, é sempre bom esse lembrete.
Governador, a gente vê mais uma vez um clássico de torcida única. Dessa vez só o Cruzeiro que é o mandante. Na questão dos estádios. Qual é a expectativa diante do torcedor que anda chateado com essa história, com o atraso do Independência. O que dá pra dizer pra ele?
Na realidade, sabíamos que íamos sofrer um pouco esse período. Me lembro bem, no ano passado, quando fechamos o Mineirão, demonstrávamos as dificuldades porque estamos fazemos um sacrifício para termos, se Deus quiser, senão o melhor, um dos melhores estádios do Brasil a partir de 2013. Então, até 2013 não vamos ter Mineirão. Houve um atraso no Independência em razão de obras. Obra pública é sempre algo complicado, que envolve Caixa Econômica Federal, Governo do Estado, município, clubes, etc. Estamos empenhados em tentar agilizar o máximo possível, mas nesse período temos mesmo essas dificuldades. Lamentavelmente, a torcida de Belo Horizonte vai se ver, nesse período, privada de assistir aos jogos aqui. Tem a Arena, que está bem feita, em Sete Lagoas e outros estádios do interior, mas é um sacrifício provisório para termos, daqui a pouco, dois grandes estádios à disposição do torcedor da capital.
Depois de tanto tempo que governadores e famílias recebem as pensões vitalícias, quando é que o senhor viu a necessidade de enviar esse projeto para a Assembleia?
Aconteceu, evidentemente, uma polêmica nacional muito forte, com várias manifestações e condenações praticamente de vários segmentos. Então, achamos conveniente demonstrar, inclusive, essa posição nossa de extinção desse benefício a partir de agora. Em relação ao beneficio pago, caberá à Justiça definir se ela é constitucional ou não. Mas a partir desse momento, à semelhança de outros estados, Minas Gerais, caso a Assembleia assim entenda, é claro, não terá mais essa figura.
O PT continua confrontando, rebatendo e questionando a Lei Delegada. O senhor continua a mesma posição do princípio?
Claro. Serenidade absoluta. Acho que estamos, no caso da Lei Delegada, inclusive exauriu-se a delegação no dia 31de janeiro, foi tudo feito com muita correção, com muita seriedade e com muita parcimônia. E vamos, agora, implementar os dispositivos para termos sempre, como já é o caso de Minas Gerais, uma administração modelo no Brasil.
O senhor teme um questionamento sobre inconstitucionalidade que é o que o PT alega?
Não, não vejo nenhuma dúvida de inconstitucionalidade nessas Leis Delegadas até porque, volto a dizer, a Lei Delegada nesse caso não diferiu em nada, repito, em nada, daquelas que foram feitas por todos os governos de Minas Gerais, desde a promulgação da Constituição Mineira de 1989, onde está esta figura prevista, que está também prevista na Constituição Federal.